Há 99 anos, na pequena cidade de Exu, no sertão pernambucano, nascia um dos maiores ícones da música popular brasileira, Luiz Gonzaga. Ao lado de grandes parceiros de composição, como Humberto Teixeira e Zé Dantas, o Rei do Baião eternizou canções como Asa Branca, Assum Preto e A Triste Partida (esta última, um poema de Patativa do Assaré) e levou ao mundo a riqueza dos ritmos nordestinos.
Gonzaga começou a conquistar o público quando trouxe o sertão nordestino para o auditório da Rádio Nacional (onde resistiu à implicância dos diretores que preferiam vê-lo de smoking do que vestido de cangaceiro) e nunca mais parou. Tornou-se o Rei do Baião e cultor fiel de outros ritmos que invadiram o Sul por sua sanfona de oito baixos e pela voz forte de caboclo.
Outro motivo pelo interesse especial de cineastas, dramaturgos e biógrafos pelo personagem Luiz Gonzaga é seu relacionamento com o filho, também famoso, Luiz Gonzaga Jr., o Gonzaguinha, relacionamento cujo caráter dramático foi o bastante para demover o cineasta Breno Silveira da decisão de não mais fazer filmes biográficos, depois da bem-sucedida experiência de "2 filhos de Francisco".
Breno mudou de ideia ao ouvir a gravação de um diálogo de pai e filho em que se resumiam anos e anos de desentendimento afetivo: "Mesmo que não tenha sangue meu em suas veias, você é meu filho", diz Luiz Gonzaga, o pai adotivo, a certa altura do diálogo.
Breno comanda, então, as filmagens de "Gonzaga de pai pra filho", orçado em R$ 10 milhões, que começaram no último fim de semana em Exu,
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